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sábado, 16 de agosto de 2008

SPORT X BOTAFOGO

O Sport tem a Ilha do Retiro como um de seus maiores trunfos. No entanto, o Botafogo mostrou força nas duas últimas partidas que disputou fora de casa. Por isso, a expectativa é de um confronto muito equilibrado neste domingo, quando as duas equipes se enfrentam em Recife, na primeira rodada do segundo turno do Campeonato Brasileiro. O Premiere transmite ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real, a partir das 18h10m (de Brasília). Ainda numa posição intermediária da tabela, o Sport tem uma campanha invejável atuando em casa neste Brasileirão. Num total de nove partidas, foram seis vitórias, dois empates e apenas uma derrota. Um resultado positivo neste domingo não vai tirar o Rubro-Negro da nona posição, mas o aproximará do Botafogo, oitavo colocado, com 31 pontos, quatro a mais do que o time pernambucano. O Botafogo até o momento não tem bom retrospecto atuando fora do Rio de Janeiro. Entretanto, venceu suas duas últimas partidas no campo adversário, enchendo a equipe de motivação. Os triunfos sobre Atlético-PR (3 a 0 em Curitiba) e Figueirense (2 a 1 em Florianópolis) elevaram o Alvinegro ao status de candidato ao G-4, zona da qual o Alvinegro pode se aproximar ainda mais se vencer o Sport. A equipe vem em momento de ascensão, tendo levado a melhor nas suas últimas quatro partidas no Brasileiro. E como no Botafogo a superstição conta muito, está aí mais um bom motivo para a torcida sonhar com um bom resultado na Ilha do Retiro. Nas duas últimas vezes que venceu o Sport em Recife pelo Brasileiro, o Alvinegro terminou muito bem a competição. Em 1995 fez 2 a 1 e mais tarde conquistou o título nacional. Em 2003, pela Série B, construiu o mesmo placar e em seguida garantiu a volta à divisão de elite. O técnico Ney Franco se mostra confiante em mais um bom resultado fora de casa. Mas reconhece que a tarefa do Botafogo não será fácil, já que a Ilha do Retiro é um estádio onde dificilmente o visitante leva a melhor. - Ganhar do Sport em Recife é sempre complicado, e a nossa torcida sabe disso. Mas vamos em busca da vitória, pois nosso objetivo é que no segundo turno a gente mantenha o nível das nossas atuações na reta final da primeira metade da competição - analisa. O Botafogo chega para a partida com o time quase completo. O único desfalque em relação ao último jogo é Diguinho, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Como Leandro Guerreiro está machucado, assim como lateral-direito Alessandro, Eduardo é o mais cotado a assumir a vaga. Ele foi destaque da equipe na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, pela Copa Sul-Americana. Por outro lado, Ney Franco poderá contar com o retorno de Lucio Flavio, Jorge Henrique e Wellington Paulista, que foram poupados no meio de semana. O atacante, aliás, estava machucado e também não enfrentou o Palmeiras, no último domingo, assim como Carlos Alberto, que estava suspenso. Sport já está na bronca com a arbitragem da partida O Sport está de olho na arbitragem do capixaba Wallace Nascimento Valente. A preocupação da diretoria rubro-negra baseia-se nos erros cometidos em jogos do Leão contra equipes cariocas. Diante do próprio Botafogo, na estréia da competição, o árbitro Cléber Wellington Abade (SP) anulou gol legítimo de Carlinhos Bala, e o time de Recife perdeu o jogo por 2 a 0 (assista ao vídeo com os melhores momentos). Na derrota para o Flamengo, foi a vez de Sálvio Spínola Fagundes Filho (SP) validar gol ilegal do atacante Obina. - O árbitro não é conhecido e é do Espírito Santo, estado colado com o Rio de Janeiro. E todos nós sabemos que existe um interesse geral de que um clube carioca fique por cima na tabela - insinua o diretor de futebol do Sport, Guilherme Beltrão. Dentro de campo, o Sport, que soma 27 pontos na tabela, tenta se aproximar do G-4. Para isso, o técnico Nelsinho Baptista deve promover mudanças na equipe, e a principal novidade é a entrada do lateral-direito Sidny no lugar de Luisinho Netto. A outra alteração deve ser no esquema do Leão. Caso opte pelo 4-4-2, o meia Francisco Alex será titular. Já no 3-5-2, Gabriel Santos atuará na zaga ao lado do capitão Durval e de Igor, que retorna após se recuperar de uma contratura na panturrilha. No ataque, também existe a chance de Ciro entrar como titular no lugar de Roger. No entanto, o último treinou bem durante a semana e chegou a marcar três gols no coletivo da última quinta-feira. Outro motivo de expectativa é pelo retorno do Botafogo a Recife após os incidentes do dia 1º de junho, quando houve uma confusão entre jogadores (principalmente o zagueiro Andre Luis), dirigentes e policiais no Estádio dos Aflitos. No entanto, o grupo alvinegro garante não estar preocupado com a segurança.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

CHURRASCADA ARTNOSSA

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HISTÓRIAS DE TORCEDOR!

Uma frase muito utilizada pelos militares e politicos diz que "não há glória sem luta". Se tiver que adaptá-la para nós, botafoguenses, diria:"Não há glória sem sofrimento".Corremos o risco de ficar mal acostumados com Garricha e Nilton Santos , quando os resultados vinham sem sofrimento.Mas mesmo eles , como que atentos observadoresda sina em branco e preto , nos davam um período para sofrer.Assim foi entre 57 e 61 e entre 62 e 67. Mas, depois, não precisavam exagerar! Foram quase duas décadas de sofrimentos sem glória. As vezes já prontos para digerir, vinha uma mãozinha boba e derramava o leite da vitória, como em 71.Por isso,a natural e exagerada superstição alvinegra. Natural pela lógica do sofrimento. Exagerado, porque é uma superstição móvel: se uma não dá certo, troca-se por outrae vai-se em frente até a próxima vitória ou a próxima derrota. Na época das vitórias, as camisas que deram certo andam quase sozinhas pelo rigoroso excesso de uso e pela inprescindível não lavagem. Na derrota a camisa engomada pelo suor vai para o lixo com a maior facilidade.SE perguntar a qualquer um de nos se quer ser diferente, a resposta é não.Uns dizem que é muito chato não sofrer. E argumentam: "E como ver um filme pela segunda vez." Se perguntar a qualquer um de nós por que superstições móveis e transitórias, a resposta vem pronta"É bom, é mágico." Imaginem como é bom pensar que o esforço do adversário é inútil frente à camisa não lavada ou a um amuleto apertado na mão.A Torcida do Botafogo, neste sentido, é a única que participa jogando com o time e não apenas torcendo. O adversário chutou por cima da trave não porque a marcação era boa, ou porque tenha errado, mas porque o amuleto mágico entrou em campo e descolou levemente o bico da chuteira.É este mundo mágico de vitórias gloriosas e sofridas que nos dá prazer. O Botafogo não é o melhor ou pior. É diferente. Como ? Quem foi o responsável pelo Campeonato Brasileiro de 95 ? A resposta é fácil: uma concentração de amuletos e manias embargadas no avião do presidente da FIFA que vinha para o Brasil. O doutor Havelange trazia dois jogadores brasileiros que estavam na Suiça: Luiz Henrique e Túlio. De longe, o melhor currículo era do jogador da seleção brasileira, o Luiz Henrique. Era lógico para todos, menos para nós. O Túlio teve seu percurso desviado e acabou artilheiro absoluto. Mas há uma superstição que vive no Botafogo desde sempre: só seriamos campeões se tivéssemos um ex-jogador do Flamengo. Terminado o jogo com o Santos, fim do nosso sofrimento e início da nossa glória , encontrei um grupo que urrava: "Obrigado, Flamengo, mais uma vez." Curioso perguntei por quê ? A resposta não tardou: "Mais importante que ser campeão é a escrita funcionar ." Fomos campeões com Gotardo, como tínhamos sido em 57 com o Servilio, ou em 61/62 com o Jadir e em 67/68 com o Paulo Cesar e o Gerson. Aos berros o grupo concluiu: "Graças a Deus, graças a Deus, a escrita funcionou."Cesar MaiaPublicado no jornal "OGLOBO" de 28/12/1995 UENSES: TORCEDORES