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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Ingressos à venda: Bota x Estudiantes

Torcedores poderão comprar por R$ 4 bilhetes para o jogo desta quarta-feira, pela Copa Sul-Americana
Estão à venda a partir desta segunda-feira os ingressos para o jogo entre Botafogo e Estudiantes, que acontece nesta quarta, às 21h50m, no Engenhão, pela Copa Sul-Americana. O torcedor alvinegro que quiser incentivar a equipe poderá comprar bilhetes por R$ 4, caso seja estudante e possua carteira que comprove essa situação.

Confira os preços dos ingressos:
Setores Norte e Sul
Inteira R$ 8,00; Meia R$ 4,00
Setor Leste Inferior
Inteira R$ 15,00; Meia R$ 7,00
Setor Leste Superior
Inteira R$ 8,00; Meia R$ 4,00
Setor Oeste Superior
Inteira R$ 15,00; Meia R$ 7,00
Setor Vip (Oeste Inferior)
Inteira R$ 30,00 + taxa de conveniência (venda somente pelo site www.futebolcard.com.br)
Pontos de venda (das 10h às 18h):
General Severiano
Marechal Hermes
Caio Martins
Estádio Olímpico João Havelange - Bilheteria Sul
Citibank Hall
Leandro Guerreiro afirma que chegou a hora de o Botafogo fazer valer a vantagem de jogar no Engenhão!
Carlos Alberto quer torcida incentivando o Bota diante do Estudiantes, no Engenhão!
O Botafogo terá nesta quarta-feira a difícil missão de vencer o Estudiantes por dois ou mais gols de diferença para avançar na Copa Sul-Americana. Para isso, será fundamental o apoio dos torcedores no Engenhão. No entanto, Carlos Alberto lembra que o mais importante não será a quantidade, mas a qualidade dos torcedores na arquibancada!
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HISTÓRIAS DE TORCEDOR!

Uma frase muito utilizada pelos militares e politicos diz que "não há glória sem luta". Se tiver que adaptá-la para nós, botafoguenses, diria:"Não há glória sem sofrimento".Corremos o risco de ficar mal acostumados com Garricha e Nilton Santos , quando os resultados vinham sem sofrimento.Mas mesmo eles , como que atentos observadoresda sina em branco e preto , nos davam um período para sofrer.Assim foi entre 57 e 61 e entre 62 e 67. Mas, depois, não precisavam exagerar! Foram quase duas décadas de sofrimentos sem glória. As vezes já prontos para digerir, vinha uma mãozinha boba e derramava o leite da vitória, como em 71.Por isso,a natural e exagerada superstição alvinegra. Natural pela lógica do sofrimento. Exagerado, porque é uma superstição móvel: se uma não dá certo, troca-se por outrae vai-se em frente até a próxima vitória ou a próxima derrota. Na época das vitórias, as camisas que deram certo andam quase sozinhas pelo rigoroso excesso de uso e pela inprescindível não lavagem. Na derrota a camisa engomada pelo suor vai para o lixo com a maior facilidade.SE perguntar a qualquer um de nos se quer ser diferente, a resposta é não.Uns dizem que é muito chato não sofrer. E argumentam: "E como ver um filme pela segunda vez." Se perguntar a qualquer um de nós por que superstições móveis e transitórias, a resposta vem pronta"É bom, é mágico." Imaginem como é bom pensar que o esforço do adversário é inútil frente à camisa não lavada ou a um amuleto apertado na mão.A Torcida do Botafogo, neste sentido, é a única que participa jogando com o time e não apenas torcendo. O adversário chutou por cima da trave não porque a marcação era boa, ou porque tenha errado, mas porque o amuleto mágico entrou em campo e descolou levemente o bico da chuteira.É este mundo mágico de vitórias gloriosas e sofridas que nos dá prazer. O Botafogo não é o melhor ou pior. É diferente. Como ? Quem foi o responsável pelo Campeonato Brasileiro de 95 ? A resposta é fácil: uma concentração de amuletos e manias embargadas no avião do presidente da FIFA que vinha para o Brasil. O doutor Havelange trazia dois jogadores brasileiros que estavam na Suiça: Luiz Henrique e Túlio. De longe, o melhor currículo era do jogador da seleção brasileira, o Luiz Henrique. Era lógico para todos, menos para nós. O Túlio teve seu percurso desviado e acabou artilheiro absoluto. Mas há uma superstição que vive no Botafogo desde sempre: só seriamos campeões se tivéssemos um ex-jogador do Flamengo. Terminado o jogo com o Santos, fim do nosso sofrimento e início da nossa glória , encontrei um grupo que urrava: "Obrigado, Flamengo, mais uma vez." Curioso perguntei por quê ? A resposta não tardou: "Mais importante que ser campeão é a escrita funcionar ." Fomos campeões com Gotardo, como tínhamos sido em 57 com o Servilio, ou em 61/62 com o Jadir e em 67/68 com o Paulo Cesar e o Gerson. Aos berros o grupo concluiu: "Graças a Deus, graças a Deus, a escrita funcionou."Cesar MaiaPublicado no jornal "OGLOBO" de 28/12/1995 UENSES: TORCEDORES