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quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Botafogo e Cruzeiro fazem duelo ofensivo
Alvinegro tenta retomar bom futebol e time celeste busca classificação para a Libertadores
GLOBOESPORTE.COM No Rio de Janeiro


O Globo
De saída, Dodô e Zé Roberto buscam mais uma vitória para o Botafogo
Mesmo com objetivos distintos no Campeonato Brasileiro, Botafogo e Cruzeiro têm algo em comum. As duas equipes que se enfrentam nesta quinta-feira no Engenhão prometem um futebol muito ofensivo. O Premiere e o SporTV (menos para Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul) transmitem a partida ao vivo. O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real a partir das 20h30m (de Brasília). O Botafogo precisa da vitória para cumprir algumas metas. A primeira é fugir matematicamente do rebaixamento. Além disso, existe o compromisso de terminar o Brasileirão de forma digna, mostrando o bom futebol do primeiro turno. Com isso, a busca do ataque será uma constante. Do outro lado, o Cruzeiro ainda tem chances de chegar à Libertadores. Mas para isso, precisa vencer e acabar com o jejum de seis partidas. O time celeste tem a seu favor o bom retrospecto fora de Minas Gerais no Brasileirão: seis vitórias, quatro empates e cinco derrotas.
O Cruzeiro sabe jogar fora de casa. É uma equipe rápida, que usa muito os contra-ataques. Abasteço meus jogadores com o maior número possível de informações sobre o adversário, para que não haja surpresa - afirma Cuca, técnico do Botafogo.
Na última partida entre as duas equipes, pelo primeiro turno do Brasileirão, o Cruzeiro venceu por 3 a 2 no Mineirão (assista aos lances no vídeo ao lado). A partida, que teve o goleiro Julio César como destaque negativo, deflagrou a crise da camisa 1 alvinegra. Após a partida, Julio César foi barrado e o preparador de goleiros Acácio, demitido. Nesta quinta, estréia o quinto goleiro do Botafogo no Brasileiro. Lopes substitui Roger, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. O técnico Cuca voltará a contar com o volante Túlio, que após cumprir 60 dias de pena por agressão, foi liberado pelo STJD, que transformou o restante de sua punição no pagamento de 100 cestas básicas. Com isso, Túlio e o zagueiro Alex disputam uma vaga entre os titulares. Renato Silva, que cumpriu suspensão no empate em 1 a 1 com o Juventude, tem volta confirmada.

Wagner volta ao Cruzeiro contra o Botafogo

Com apenas 16,6% de aproveitamento dos pontos nas últimas seis rodadas, o Cruzeiro terá que melhorar bastante se quiser ficar com uma das vagas para a Libertadores do ano que vem. O time celeste, que era dado como certo na competição sul-americana por conta da grande vantagem que tinha para o quinto colocado, hoje, em quarto, está empatado com o Grêmio no número de pontos. Para tentar melhorar, o técnico Dorival Júnior colocou Wagner no time titular de volta. Na lateral esquerda, uma improvisação: Ângelo, oriundo da direita, jogará na posição, já que Fernandinho e Fábio Santos estão no departamento médico. - Treinei da maneira que eu acho que devo jogar, que é ali na frente, recuperando o melhor posicionamento e a parte física. Estou fazendo o máximo aqui para, caso inicie a partida, esteja 100% - diz Wagner, em entrevista ao site oficial do clube.

FICHA DO JOGO

BOTAFOGO

Lopes, Joilson, Renato Silva, Juninho, Marquinho, Leandro Guerreiro,Túlio (Alex), Diguinho, Lucio Flavio, Zé Roberto, Dodô
T: Cuca

CRUZEIRO

Fábio, Jonathan, Leo Fortunato, Thiago Heleno, Ângelo, Ramires, Charles, Leandro Domingues, Wagner, Guilherme, Alecsandro
T: Dorival Júnior

Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro Data: 01/11/2007
Árbitro: Wilson Souza de Mendonça (Fifa-PE) Auxiliares: Valter José dos Reis (Fifa-SP) e Renato Miguel Vieira (DF)
Transmissão: Premiere e SporTV (menos para RJ e RS) transmitem ao vivo Tempo Real: O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real a partir das 20h30m (de Brasília)

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HISTÓRIAS DE TORCEDOR!

Uma frase muito utilizada pelos militares e politicos diz que "não há glória sem luta". Se tiver que adaptá-la para nós, botafoguenses, diria:"Não há glória sem sofrimento".Corremos o risco de ficar mal acostumados com Garricha e Nilton Santos , quando os resultados vinham sem sofrimento.Mas mesmo eles , como que atentos observadoresda sina em branco e preto , nos davam um período para sofrer.Assim foi entre 57 e 61 e entre 62 e 67. Mas, depois, não precisavam exagerar! Foram quase duas décadas de sofrimentos sem glória. As vezes já prontos para digerir, vinha uma mãozinha boba e derramava o leite da vitória, como em 71.Por isso,a natural e exagerada superstição alvinegra. Natural pela lógica do sofrimento. Exagerado, porque é uma superstição móvel: se uma não dá certo, troca-se por outrae vai-se em frente até a próxima vitória ou a próxima derrota. Na época das vitórias, as camisas que deram certo andam quase sozinhas pelo rigoroso excesso de uso e pela inprescindível não lavagem. Na derrota a camisa engomada pelo suor vai para o lixo com a maior facilidade.SE perguntar a qualquer um de nos se quer ser diferente, a resposta é não.Uns dizem que é muito chato não sofrer. E argumentam: "E como ver um filme pela segunda vez." Se perguntar a qualquer um de nós por que superstições móveis e transitórias, a resposta vem pronta"É bom, é mágico." Imaginem como é bom pensar que o esforço do adversário é inútil frente à camisa não lavada ou a um amuleto apertado na mão.A Torcida do Botafogo, neste sentido, é a única que participa jogando com o time e não apenas torcendo. O adversário chutou por cima da trave não porque a marcação era boa, ou porque tenha errado, mas porque o amuleto mágico entrou em campo e descolou levemente o bico da chuteira.É este mundo mágico de vitórias gloriosas e sofridas que nos dá prazer. O Botafogo não é o melhor ou pior. É diferente. Como ? Quem foi o responsável pelo Campeonato Brasileiro de 95 ? A resposta é fácil: uma concentração de amuletos e manias embargadas no avião do presidente da FIFA que vinha para o Brasil. O doutor Havelange trazia dois jogadores brasileiros que estavam na Suiça: Luiz Henrique e Túlio. De longe, o melhor currículo era do jogador da seleção brasileira, o Luiz Henrique. Era lógico para todos, menos para nós. O Túlio teve seu percurso desviado e acabou artilheiro absoluto. Mas há uma superstição que vive no Botafogo desde sempre: só seriamos campeões se tivéssemos um ex-jogador do Flamengo. Terminado o jogo com o Santos, fim do nosso sofrimento e início da nossa glória , encontrei um grupo que urrava: "Obrigado, Flamengo, mais uma vez." Curioso perguntei por quê ? A resposta não tardou: "Mais importante que ser campeão é a escrita funcionar ." Fomos campeões com Gotardo, como tínhamos sido em 57 com o Servilio, ou em 61/62 com o Jadir e em 67/68 com o Paulo Cesar e o Gerson. Aos berros o grupo concluiu: "Graças a Deus, graças a Deus, a escrita funcionou."Cesar MaiaPublicado no jornal "OGLOBO" de 28/12/1995 UENSES: TORCEDORES