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sábado, 21 de maio de 2011

Indignação!!!

Considero minhas as palavras de indignação do meu amigo Botafoguense!
Enquanto a paciência encurta...
sex, 20/05/11por Zé Fogareiro

categoria Pré-temporada
Fala, Zé! Acho que já fiz essa pergunta pra você em outra oportunidade, mas vou repeti-la porque é pertinente: você acha que algum patrão – em condições normais e sã consciência – manteria o emprego de um funcionário com incapacidade comprovada e o pior, com a própria incompetência assumida? Definitivamente, NÃO. Eu tento mas não consigo entender porque o
diretor de futebol do Botafogo continua tão prestigiado pela gestão do Clube. Faz mais de um longo mês que rasgamos o primeiro semestre e o principal responsável por apresentar soluções eficientes e concretas fez absolutamente NADA.
Foi isso mesmo que você leu, Zé: quem era pra trabalhar não mostrou nenhum resultado. Não fez nada pra livrar o nosso time das evidentes carências. Agora, você tem todo direito de perguntar se o polpudo e excelente salário deste mesmo senhor está atrasado em um dia. Também tenho certeza que NÃO. Na patética entrevista coletiva de ontem, o Anderson Barros praticamente assinou sua própria demissão, assumindo seu gritante e falido erro. E mais: ele atropelou todos os limites da paciência da torcida. Está claro que o departamento de futebol Alvinegro não tem um plano B, C, D e o escambau. E agora? Quase todos os jogadores especulados disseram que não vem mais e qual é a carta na manga? Qual é a surpresa que o Botafogo vai contratar para assinar sua grandeza e postular o título de Campeão? Pelo jeito, vamos voltar pras apostas e torcer para que apareça mais um Jóbson (no meio do campeonato) para salvar a pátria e garantir mais um ano de emprego para figuras sonolentas como esta. Que São João Saldanha nos ilumine. Aliás, como eu tenho saudade da intempestividade deste grande Botafoguense. Com ele, o papo seria outro.



É chato e repetitivo dizer que o futebol do Botafogo ficou pra traz. Até o esporte amador está com um desempenho melhor. Pelo o que vi, as duas maiores cartadas da diretoria no ano tem boas chances de não se transformarem em canastra. A contratação do Diego (ex-santos) é possível, mas está muito difícil de sair. Só se o Beckenbauer conseguir convencer o wolfsburg a emprestar o jogador, mesmo assim o clube alemão teria que pagar parte dos seus vencimentos. Os caras querem 10 milhões de euros. Sem chance, só no empréstimo mesmo. Melhor não contarmos com a vinda deste grande reforço. Com relação ao Seedorf, ele recebeu a diretoria muito bem lá na Itália, pesquisou sobre o Botafogo, mas deixou claro que a sua primeira opção é continuar na Europa. Em compensação, no Brasil, ele se apeteceu mais com o nosso projeto. Enfim, continuamos como antes. Sem soluções, cheios de blábláblá e agora com um adicional importante: um nariz de palhaço na cara. É assim que a torcida está sendo vista, como uns palhaços que basta dizer “na quarta-feira vocês vão ver” e eles se aquietam. Estamos na véspera de começar o campeonato mais disputado do mundo e o time que foi eliminado pelo fraco avaí, na Copa do Brasil, e que nem conseguiu se classificar pras finais da charmosa Taça Rio, está desfalcado e sem novidades. A única coisa que ganhamos recentemente foram as punições do Loco Abreu e do Herrera. Pelo menos ganhamos também um novo patrocinador, a João Fortes Engenharia, que vai nos render uma boa grana. Que ela seja bem-vinda e que nos ajude a escrever uma nova fase de sucesso e prosperidade.



Sinceramente, não é com este clima que quero começar o Campeonato Brasileiro no domingo. Não mesmo, mas eu tinha que fazer esse desabafo. Pronto. Agora te peço pra fazer um esforço sobrenatural, deixar estas insatisfações no fundo da gaveta e torcer como sempre pela nossa Gloriosa paixão em comum. É isso que estou disposto e vou fazer. Somos Botafogo acima de qualquer Anderson Barros, Diego ou Seedorf. Vamos pra disputa com o que temos, com um time esforçado e com uma das camisas mais tradicionais do país. E pode ter certeza que apoio das arquibancadas não vai faltar. Ah! E a nossa liga “ZÉ FOGAREIRO” lá no Cartola FC já está ativa. A briga neste ano promete. Espero você por lá, Zé, para que, mesmo brincando e sem ganhar um ótimo salário, possamos mostrar pro nosso “diretor” de futebol como é que se monta bons times. No domingo, os porcos verdes lá de Sampa vão conferir que o Mago de verdade é Alvinegro. Maicosuel vai começar a apagar todas as nossas angústias. O pármera vai ser a primeira vítima pra abrirmos o Brasileirão 2011 com vitória. Vamos, Fogão! Abraço, Zé!

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HISTÓRIAS DE TORCEDOR!

Uma frase muito utilizada pelos militares e politicos diz que "não há glória sem luta". Se tiver que adaptá-la para nós, botafoguenses, diria:"Não há glória sem sofrimento".Corremos o risco de ficar mal acostumados com Garricha e Nilton Santos , quando os resultados vinham sem sofrimento.Mas mesmo eles , como que atentos observadoresda sina em branco e preto , nos davam um período para sofrer.Assim foi entre 57 e 61 e entre 62 e 67. Mas, depois, não precisavam exagerar! Foram quase duas décadas de sofrimentos sem glória. As vezes já prontos para digerir, vinha uma mãozinha boba e derramava o leite da vitória, como em 71.Por isso,a natural e exagerada superstição alvinegra. Natural pela lógica do sofrimento. Exagerado, porque é uma superstição móvel: se uma não dá certo, troca-se por outrae vai-se em frente até a próxima vitória ou a próxima derrota. Na época das vitórias, as camisas que deram certo andam quase sozinhas pelo rigoroso excesso de uso e pela inprescindível não lavagem. Na derrota a camisa engomada pelo suor vai para o lixo com a maior facilidade.SE perguntar a qualquer um de nos se quer ser diferente, a resposta é não.Uns dizem que é muito chato não sofrer. E argumentam: "E como ver um filme pela segunda vez." Se perguntar a qualquer um de nós por que superstições móveis e transitórias, a resposta vem pronta"É bom, é mágico." Imaginem como é bom pensar que o esforço do adversário é inútil frente à camisa não lavada ou a um amuleto apertado na mão.A Torcida do Botafogo, neste sentido, é a única que participa jogando com o time e não apenas torcendo. O adversário chutou por cima da trave não porque a marcação era boa, ou porque tenha errado, mas porque o amuleto mágico entrou em campo e descolou levemente o bico da chuteira.É este mundo mágico de vitórias gloriosas e sofridas que nos dá prazer. O Botafogo não é o melhor ou pior. É diferente. Como ? Quem foi o responsável pelo Campeonato Brasileiro de 95 ? A resposta é fácil: uma concentração de amuletos e manias embargadas no avião do presidente da FIFA que vinha para o Brasil. O doutor Havelange trazia dois jogadores brasileiros que estavam na Suiça: Luiz Henrique e Túlio. De longe, o melhor currículo era do jogador da seleção brasileira, o Luiz Henrique. Era lógico para todos, menos para nós. O Túlio teve seu percurso desviado e acabou artilheiro absoluto. Mas há uma superstição que vive no Botafogo desde sempre: só seriamos campeões se tivéssemos um ex-jogador do Flamengo. Terminado o jogo com o Santos, fim do nosso sofrimento e início da nossa glória , encontrei um grupo que urrava: "Obrigado, Flamengo, mais uma vez." Curioso perguntei por quê ? A resposta não tardou: "Mais importante que ser campeão é a escrita funcionar ." Fomos campeões com Gotardo, como tínhamos sido em 57 com o Servilio, ou em 61/62 com o Jadir e em 67/68 com o Paulo Cesar e o Gerson. Aos berros o grupo concluiu: "Graças a Deus, graças a Deus, a escrita funcionou."Cesar MaiaPublicado no jornal "OGLOBO" de 28/12/1995 UENSES: TORCEDORES