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TAÇA RIO 2007
Campeões cariocas Campeões do RJ-SP 98
de 89
Campeões cariocas 1907
Campeões cariocas 1910
Campões cariocas 1930
Tetracampeões cariocas 35
Bicampões cariocas 1962
Bicampeões cariocas 1968
16 Campeonatos cariocas
Ano | V | E | D | GP | GC | Artilheiro |
1907 | 5 | 0 | 1 | 14 | 9 | Flávio Ramos (6) |
1910 | 9 | 0 | 1 | 66 | 9 | Abelardo (22) |
1930 | 15 | 2 | 3 | 60 | 30 | Carvalho Leite (14) |
1932 | 15 | 6 | 1 | 59 | 24 | Carvalho Leite (20) |
1933 | 12 | 4 | 2 | 51 | 27 | Nilo (19) |
1934 | 7 | 2 | 2 | 31 | 17 | Nilo (10) |
1935 | 16 | 4 | 2 | 73 | 42 | Carvalho Leite (16) |
1948 | 17 | 2 | 1 | 59 | 24 | Otávio (21) |
1957 | 16 | 4 | 2 | 64 | 21 | Paulo Valentim (22) |
1961 | 18 | 6 | 1 | 54 | 18 | Amarildo (18) |
1962 | 17 | 5 | 2 | 49 | 14 | Quarentinha (17) |
1967 | 15 | 2 | 1 | 30 | 10 | Gérson (7) |
1968 | 15 | 2 | 1 | 40 | 10 | Roberto (13) |
1989 | 15 | 9 | 0 | 37 | 11 | Paulinho Criciúma (10) |
1990 | 12 | 10 | 1 | 28 | 10 | Donizete e Paulo Roberto (5) |
1997 | 18 | 5 | 3 | 41 | 18 | Bentinho (10) |
HISTÓRIAS DE TORCEDOR!
Uma frase muito utilizada pelos militares e politicos diz que "não há glória sem luta". Se tiver que adaptá-la para nós, botafoguenses, diria:"Não há glória sem sofrimento".Corremos o risco de ficar mal acostumados com Garricha e Nilton Santos , quando os resultados vinham sem sofrimento.Mas mesmo eles , como que atentos observadoresda sina em branco e preto , nos davam um período para sofrer.Assim foi entre 57 e 61 e entre 62 e 67. Mas, depois, não precisavam exagerar! Foram quase duas décadas de sofrimentos sem glória. As vezes já prontos para digerir, vinha uma mãozinha boba e derramava o leite da vitória, como em 71.Por isso,a natural e exagerada superstição alvinegra. Natural pela lógica do sofrimento. Exagerado, porque é uma superstição móvel: se uma não dá certo, troca-se por outrae vai-se em frente até a próxima vitória ou a próxima derrota. Na época das vitórias, as camisas que deram certo andam quase sozinhas pelo rigoroso excesso de uso e pela inprescindível não lavagem. Na derrota a camisa engomada pelo suor vai para o lixo com a maior facilidade.SE perguntar a qualquer um de nos se quer ser diferente, a resposta é não.Uns dizem que é muito chato não sofrer. E argumentam: "E como ver um filme pela segunda vez." Se perguntar a qualquer um de nós por que superstições móveis e transitórias, a resposta vem pronta"É bom, é mágico." Imaginem como é bom pensar que o esforço do adversário é inútil frente à camisa não lavada ou a um amuleto apertado na mão.A Torcida do Botafogo, neste sentido, é a única que participa jogando com o time e não apenas torcendo. O adversário chutou por cima da trave não porque a marcação era boa, ou porque tenha errado, mas porque o amuleto mágico entrou em campo e descolou levemente o bico da chuteira.É este mundo mágico de vitórias gloriosas e sofridas que nos dá prazer. O Botafogo não é o melhor ou pior. É diferente. Como ? Quem foi o responsável pelo Campeonato Brasileiro de 95 ? A resposta é fácil: uma concentração de amuletos e manias embargadas no avião do presidente da FIFA que vinha para o Brasil. O doutor Havelange trazia dois jogadores brasileiros que estavam na Suiça: Luiz Henrique e Túlio. De longe, o melhor currículo era do jogador da seleção brasileira, o Luiz Henrique. Era lógico para todos, menos para nós. O Túlio teve seu percurso desviado e acabou artilheiro absoluto. Mas há uma superstição que vive no Botafogo desde sempre: só seriamos campeões se tivéssemos um ex-jogador do Flamengo. Terminado o jogo com o Santos, fim do nosso sofrimento e início da nossa glória , encontrei um grupo que urrava: "Obrigado, Flamengo, mais uma vez." Curioso perguntei por quê ? A resposta não tardou: "Mais importante que ser campeão é a escrita funcionar ." Fomos campeões com Gotardo, como tínhamos sido em 57 com o Servilio, ou em 61/62 com o Jadir e em 67/68 com o Paulo Cesar e o Gerson. Aos berros o grupo concluiu: "Graças a Deus, graças a Deus, a escrita funcionou."Cesar MaiaPublicado no jornal "OGLOBO" de 28/12/1995 UENSES: TORCEDORES
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