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quinta-feira, 20 de setembro de 2007


Numa partida com dois tempos distintos, o Botafogo derrotou o River Plate, por 1 a 0, na noite desta quarta-feira, no estádio Olímpico João Havelange. Foi a estréia do time no novo estádio depois que o clube venceu a licitação.
Com a vitória, o Alvinegro precisa apenas do empate na partida de volta, quinta-feira que vem, no Monumental de Nuñes, em Buenos Aires, para ficar com a vaga nas quartas-de-final da Copa Sul-Americana.
O primeiro tempo foi todo do Botafogo. O time de Cuca começou atacando e não se intimidou com o excesso de faltas dos argentinos. Joílson se destacava pelo lado direito, com boas arrancas e cruzamentos perigosos para área. O meia Zé Roberto quase abriu o placar em chute forte. A bola explodiu na trave direita do goleiro Carrizo e foi para fora. Já no fim da etapa, aos 44 minutos, Joílson aproveitou uma bola perdida pela direita, matou no peito e chutou forte, por cima de Carrizo. Um golaço, se chances de defesa para o goleiro argentino.
O River Plate voltou diferente para o segundo tempo, com dois pontas abertos, fazendo com que a defesa alvinegra ficasse perdida. O goleiro Max salvou o time de sofrer o empate em duas jogadas e foi aplaudido pela torcida. Na única boa chance de gol do Alvinegro, Zé Roberto passou por três adversários, mas chutou nas mãos de Carrizo.
Domingo, Botafogo e Fluminense se enfrentam no Maracanã, às 18h10, pelo returno do Campeonato Brasileiro.
BOTAFOGO 1 X 0 RIVER PLATE
Estádio: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)Árbitro: Oscar Ruiz (Fifa-COL)Auxiliares: Albert Duarte (Fifa-COL) e Eduardo Díaz (Fifa-COL)Renda/público: R$ 565.790,00 / 39.500 pagantesCartões amarelos: Nicolás Sánches, Villagra, Gerlo, Peralta (RIV); Zé Roberto, Túlio, Juninho (BOT) Gol: Joilson, 44 minutos do primeiro tempo
BOTAFOGOMax, Alex, Juninho e Renato Silva; Joilson, Leandro Guerreiro, Túlio, Lucio Flavio (Adriano Felício) e Zé Roberto (Athirson); Jorge Henrique (Reinaldo) e Dodô. Técnico: Cuca
RIVER PLATECarrizo, Martínez (Ahumada), Nicolás Sánchez, Gerlo e Villagra; Ponzio, Lima (Peralta) e Belluschi; Alexis Sánchez, Ruben (Abelairas) e Falcão. Técnico: Daniel Passarella.Leandro Menezes

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HISTÓRIAS DE TORCEDOR!

Uma frase muito utilizada pelos militares e politicos diz que "não há glória sem luta". Se tiver que adaptá-la para nós, botafoguenses, diria:"Não há glória sem sofrimento".Corremos o risco de ficar mal acostumados com Garricha e Nilton Santos , quando os resultados vinham sem sofrimento.Mas mesmo eles , como que atentos observadoresda sina em branco e preto , nos davam um período para sofrer.Assim foi entre 57 e 61 e entre 62 e 67. Mas, depois, não precisavam exagerar! Foram quase duas décadas de sofrimentos sem glória. As vezes já prontos para digerir, vinha uma mãozinha boba e derramava o leite da vitória, como em 71.Por isso,a natural e exagerada superstição alvinegra. Natural pela lógica do sofrimento. Exagerado, porque é uma superstição móvel: se uma não dá certo, troca-se por outrae vai-se em frente até a próxima vitória ou a próxima derrota. Na época das vitórias, as camisas que deram certo andam quase sozinhas pelo rigoroso excesso de uso e pela inprescindível não lavagem. Na derrota a camisa engomada pelo suor vai para o lixo com a maior facilidade.SE perguntar a qualquer um de nos se quer ser diferente, a resposta é não.Uns dizem que é muito chato não sofrer. E argumentam: "E como ver um filme pela segunda vez." Se perguntar a qualquer um de nós por que superstições móveis e transitórias, a resposta vem pronta"É bom, é mágico." Imaginem como é bom pensar que o esforço do adversário é inútil frente à camisa não lavada ou a um amuleto apertado na mão.A Torcida do Botafogo, neste sentido, é a única que participa jogando com o time e não apenas torcendo. O adversário chutou por cima da trave não porque a marcação era boa, ou porque tenha errado, mas porque o amuleto mágico entrou em campo e descolou levemente o bico da chuteira.É este mundo mágico de vitórias gloriosas e sofridas que nos dá prazer. O Botafogo não é o melhor ou pior. É diferente. Como ? Quem foi o responsável pelo Campeonato Brasileiro de 95 ? A resposta é fácil: uma concentração de amuletos e manias embargadas no avião do presidente da FIFA que vinha para o Brasil. O doutor Havelange trazia dois jogadores brasileiros que estavam na Suiça: Luiz Henrique e Túlio. De longe, o melhor currículo era do jogador da seleção brasileira, o Luiz Henrique. Era lógico para todos, menos para nós. O Túlio teve seu percurso desviado e acabou artilheiro absoluto. Mas há uma superstição que vive no Botafogo desde sempre: só seriamos campeões se tivéssemos um ex-jogador do Flamengo. Terminado o jogo com o Santos, fim do nosso sofrimento e início da nossa glória , encontrei um grupo que urrava: "Obrigado, Flamengo, mais uma vez." Curioso perguntei por quê ? A resposta não tardou: "Mais importante que ser campeão é a escrita funcionar ." Fomos campeões com Gotardo, como tínhamos sido em 57 com o Servilio, ou em 61/62 com o Jadir e em 67/68 com o Paulo Cesar e o Gerson. Aos berros o grupo concluiu: "Graças a Deus, graças a Deus, a escrita funcionou."Cesar MaiaPublicado no jornal "OGLOBO" de 28/12/1995 UENSES: TORCEDORES