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quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Botafogo vence o Corinthians outra vez



Botafogo vence o Corinthians outra vez
Depois de ganhar, no Maracanã, por 3 a 1, o Fogão mostra a sua força e elimina o Timão.


O Botafogo está classificado para as oitavas-de-final da Copa Sul-Americana. O Corinthians, que perdeu a partida de ida por 3 a 1, no Maracanã, começou o jogo a mil por hora para tentar dar o troco, nesta quarta-feira, no Pacaembu. Mas faltaram qualidade técnica e disciplina tática para os jogadores do Timão, que apanhou novamente do Fogão, agora por 2 a 1, e, mais uma vez, viu o sonho de conquistar um título sul-americano virar um tremendo pesadelo.
Eliminado da Copa Sul-Americana, o Corinthians volta o foco para o Campeonato Brasileiro, onde ainda corre o risco de rebaixamento. Já o Botafogo, além da competição nacional, disputará às oitavas-de-final do torneio sul-americano contra o River Plate, da Argentina. O primeiro duelo já acontece na próxima semana.
No próximo domingo, às 16h, novamente no Pacaembu, Corinthians e Botafogo voltam a medir força. O duelo agora será valido pelo segundo turno do Campeonato Brasileiro.

Pressão corintiana
O Corinthians começou o jogo partindo para cima do Botafogo. Trocando passes rápidos e atacando pelas laterais do campo, o Timão acuou o adversário na defesa. Logo aos sete minutos, Arce, da intermediária, quase marcou um golaço, por cobertura, aproveitando que o goleiro Max estava adiantado. Aos 12, Wilson cruzou e Finazzi, de cabeça, mandou a bola na trave.
Apesar da pressão, o Corinthians sentiu a ausência de um armador no meio-campo. Wilson não teve habilidade para exercer a função. Além disso, ele foi mais um terceiro atacante, ao lado de Finazzi e Arce. O Botafogo, em bela cobrança de falta de Luciano Almeida, obrigou Felipe a fazer grande defesa. Depois, Lúcio Flávio, de fora da área, mandou a bola na rede, mas pelo lado de fora.
Gustavo Nery e Joilson travam bom duelo
No segundo tempo, o Corinthians voltou mais ofensivo. Saiu o novato Carlão, que vinha quebrando o galho na zaga e meio-campo, e entrou o atacante Everton Santos, com a função de armar as jogadas. Mas o Botafogo teve o mérito de marcar firme, impedindo o Timão de chegar com freqüência ao ataque.
Com mais qualidade técnica, bastou o Botafogo colocar a bola no chão, trocar passes rápido, que o talento individual fez a diferença. Aos 13 minutos, Lúcio Flávio fez bela jogada, e mandou a bola na trave. No rebote, ele mesmo pegou o rebote e abriu o placar. Mas, na base da raça, o Corinthians chegou ao empate rapidamente. Aos 18, o oportunista Finazzi deixou tudo igual no marcador.
O jogo ficou aberto e movimentado. As duas equipes partiram para o ataque em busca do segundo gol. Everton Santos criou grande chance para o Timão. Lúcio Flávio respondeu para o Fogão. Aos 42, Dodô, que estava apagado, finalmente apareceu na partida e, de cabeça, fez 2 a 1, e, merecidamente, classificou a equipe carioca.
Luiz Ademar Do GLOBOESPORTE.COM, em São Paulo.

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HISTÓRIAS DE TORCEDOR!

Uma frase muito utilizada pelos militares e politicos diz que "não há glória sem luta". Se tiver que adaptá-la para nós, botafoguenses, diria:"Não há glória sem sofrimento".Corremos o risco de ficar mal acostumados com Garricha e Nilton Santos , quando os resultados vinham sem sofrimento.Mas mesmo eles , como que atentos observadoresda sina em branco e preto , nos davam um período para sofrer.Assim foi entre 57 e 61 e entre 62 e 67. Mas, depois, não precisavam exagerar! Foram quase duas décadas de sofrimentos sem glória. As vezes já prontos para digerir, vinha uma mãozinha boba e derramava o leite da vitória, como em 71.Por isso,a natural e exagerada superstição alvinegra. Natural pela lógica do sofrimento. Exagerado, porque é uma superstição móvel: se uma não dá certo, troca-se por outrae vai-se em frente até a próxima vitória ou a próxima derrota. Na época das vitórias, as camisas que deram certo andam quase sozinhas pelo rigoroso excesso de uso e pela inprescindível não lavagem. Na derrota a camisa engomada pelo suor vai para o lixo com a maior facilidade.SE perguntar a qualquer um de nos se quer ser diferente, a resposta é não.Uns dizem que é muito chato não sofrer. E argumentam: "E como ver um filme pela segunda vez." Se perguntar a qualquer um de nós por que superstições móveis e transitórias, a resposta vem pronta"É bom, é mágico." Imaginem como é bom pensar que o esforço do adversário é inútil frente à camisa não lavada ou a um amuleto apertado na mão.A Torcida do Botafogo, neste sentido, é a única que participa jogando com o time e não apenas torcendo. O adversário chutou por cima da trave não porque a marcação era boa, ou porque tenha errado, mas porque o amuleto mágico entrou em campo e descolou levemente o bico da chuteira.É este mundo mágico de vitórias gloriosas e sofridas que nos dá prazer. O Botafogo não é o melhor ou pior. É diferente. Como ? Quem foi o responsável pelo Campeonato Brasileiro de 95 ? A resposta é fácil: uma concentração de amuletos e manias embargadas no avião do presidente da FIFA que vinha para o Brasil. O doutor Havelange trazia dois jogadores brasileiros que estavam na Suiça: Luiz Henrique e Túlio. De longe, o melhor currículo era do jogador da seleção brasileira, o Luiz Henrique. Era lógico para todos, menos para nós. O Túlio teve seu percurso desviado e acabou artilheiro absoluto. Mas há uma superstição que vive no Botafogo desde sempre: só seriamos campeões se tivéssemos um ex-jogador do Flamengo. Terminado o jogo com o Santos, fim do nosso sofrimento e início da nossa glória , encontrei um grupo que urrava: "Obrigado, Flamengo, mais uma vez." Curioso perguntei por quê ? A resposta não tardou: "Mais importante que ser campeão é a escrita funcionar ." Fomos campeões com Gotardo, como tínhamos sido em 57 com o Servilio, ou em 61/62 com o Jadir e em 67/68 com o Paulo Cesar e o Gerson. Aos berros o grupo concluiu: "Graças a Deus, graças a Deus, a escrita funcionou."Cesar MaiaPublicado no jornal "OGLOBO" de 28/12/1995 UENSES: TORCEDORES