Que decepção, mas um empate cedido depois dos 45 do segundo tempo!!!
Quando o time da nossa saudosa estrela solitária vai deixar de ceder as vitórias nos finais dos jogos!!!
Será que teremos que continuarmos apenas nos sonhos!? Queremos continuar acreditando que ainda dà para galgarmos algo melhor até o final do Campeonato Brasileiro, pois o torcedor merece!
domingo, 26 de setembro de 2010
...mais um empate cedido aos 45min.
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HISTÓRIAS DE TORCEDOR!
Uma frase muito utilizada pelos militares e politicos diz que "não há glória sem luta". Se tiver que adaptá-la para nós, botafoguenses, diria:"Não há glória sem sofrimento".Corremos o risco de ficar mal acostumados com Garricha e Nilton Santos , quando os resultados vinham sem sofrimento.Mas mesmo eles , como que atentos observadoresda sina em branco e preto , nos davam um período para sofrer.Assim foi entre 57 e 61 e entre 62 e 67. Mas, depois, não precisavam exagerar! Foram quase duas décadas de sofrimentos sem glória. As vezes já prontos para digerir, vinha uma mãozinha boba e derramava o leite da vitória, como em 71.Por isso,a natural e exagerada superstição alvinegra. Natural pela lógica do sofrimento. Exagerado, porque é uma superstição móvel: se uma não dá certo, troca-se por outrae vai-se em frente até a próxima vitória ou a próxima derrota. Na época das vitórias, as camisas que deram certo andam quase sozinhas pelo rigoroso excesso de uso e pela inprescindível não lavagem. Na derrota a camisa engomada pelo suor vai para o lixo com a maior facilidade.SE perguntar a qualquer um de nos se quer ser diferente, a resposta é não.Uns dizem que é muito chato não sofrer. E argumentam: "E como ver um filme pela segunda vez." Se perguntar a qualquer um de nós por que superstições móveis e transitórias, a resposta vem pronta"É bom, é mágico." Imaginem como é bom pensar que o esforço do adversário é inútil frente à camisa não lavada ou a um amuleto apertado na mão.A Torcida do Botafogo, neste sentido, é a única que participa jogando com o time e não apenas torcendo. O adversário chutou por cima da trave não porque a marcação era boa, ou porque tenha errado, mas porque o amuleto mágico entrou em campo e descolou levemente o bico da chuteira.É este mundo mágico de vitórias gloriosas e sofridas que nos dá prazer. O Botafogo não é o melhor ou pior. É diferente. Como ? Quem foi o responsável pelo Campeonato Brasileiro de 95 ? A resposta é fácil: uma concentração de amuletos e manias embargadas no avião do presidente da FIFA que vinha para o Brasil. O doutor Havelange trazia dois jogadores brasileiros que estavam na Suiça: Luiz Henrique e Túlio. De longe, o melhor currículo era do jogador da seleção brasileira, o Luiz Henrique. Era lógico para todos, menos para nós. O Túlio teve seu percurso desviado e acabou artilheiro absoluto. Mas há uma superstição que vive no Botafogo desde sempre: só seriamos campeões se tivéssemos um ex-jogador do Flamengo. Terminado o jogo com o Santos, fim do nosso sofrimento e início da nossa glória , encontrei um grupo que urrava: "Obrigado, Flamengo, mais uma vez." Curioso perguntei por quê ? A resposta não tardou: "Mais importante que ser campeão é a escrita funcionar ." Fomos campeões com Gotardo, como tínhamos sido em 57 com o Servilio, ou em 61/62 com o Jadir e em 67/68 com o Paulo Cesar e o Gerson. Aos berros o grupo concluiu: "Graças a Deus, graças a Deus, a escrita funcionou."Cesar MaiaPublicado no jornal "OGLOBO" de 28/12/1995 UENSES: TORCEDORES
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